Liberdade de expressão é uma coisa interessante.

Ela é garantida na nossa Constituição e em diversos pactos internacionais. Na Declaração Universal dos Direitos Humanos, tem um artigo todinho falando nela. É o 19.

A liberdade de expressão é pra todo mundo. Todo ser humano, humano sendo, pode – e deve – dizer o que pensa sobre as coisas, o que acha bonito-feio-moderno-obsoleto.

Mas claro que a liberdade de expressão tem limites. Afinal de contas, quem fala o que quer, também tem que se responsabilizar pelo que diz. Calúnia, difamação, racismo, apologia à violência são algumas das limitações da liberdade de expressão, regulamentadas através de diversas normas, daqui e da gringolândia em geral.

Liberdade de imprensa é um pouco diferente. Trata dos direitos de jornalistas e demais profissionais da informação. Trata do acesso a alguns espaços restritos (coletivas, eventos políticos, culturais e esportivos, etc), trata de outras questões como sigilo da fonte y otras cositas más.

Liberdade de empresa não tá escrita em canto nenhum. É o direito que as corporações se dão para poderem sair por aí dizendo que elas, sim, defendem a livre expressão e que elas, sim, defendem a livre imprensa.

A liberdade de empresa não é amiguinha das liberdades de imprensa e expressão.

A liberdade de empresa é a liberdade que tem um grupo como o Sistema Jornal do Commercio de Comunicação de enviar um email a todos os seus funcionários dizendo que a partir de agora acabou-se a farra da opinião nas redes sociais. Impondo normas que vão desde a simples orientação para que assuntos tratados pelo grupo não sejam ‘vazados’ nos tuítes e feicebuques da vida até a proibição de divulgar suas posições políticas através das redes sociais.

A liberdade de empresa pode se traduzir num simples ditado popular.

Manda quem pode. Obedece quem…